Define-se obesidade como “acúmulo excessivo de tecido adiposo (gordura) no organismo”
O excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos no Brasil, é o que aponta o mais recente levantamento realizado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o estudo, a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011.
A imagem corporal tem sido um elemento de destaque e preocupação nos dias atuais, esse fator gera preocupação em pessoas que tem excesso de peso.
Nossa cultura faz com que indivíduos se cobrem cada vez mais , tentando atingir um padrão de beleza (magro) que a mídia impõe, que é inatingível.
A nossa sociedade supervaloriza a magreza e promove julgamentos sociais negativos em relação ao obeso, como feio, relaxado e preguiçoso são ouvidos pelos obesos, como se eles fossem responsáveis pela sua obesidade por falta de vontade e autocontrole.
Nesse processo tentando atingir a beleza ideal apenas 20% dos que emagrecem conseguem manter o peso por mais de 1 ano, e somente 5% depois de 5 anos.
A obesidade é um forte fator de risco para saúde. Pessoas obesas têm mais chance de sofrer com doenças cardiovasculares, de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns tipos de câncer e diabetes.
Fatores como a genética, falta da realização de atividades físicas e uma
alimentação não adequada e realizada fora do lar(restaurantes e fast-foods),contribui com a obesidade.
O psicológico contribui para o surgimento e agravamento da obesidade, pois a mente e o corpo estão ligados, de forma que uma crise emocional pode acarretar mudanças na alimentação da pessoa e de certa forma essa mudança no peso pode desencadear crises emocionais.
Problemas emocionais como depressão ,ansiedade,compulsão alimentar, dificuldades sexuais,conjugais ,afetivas,
estresse e problemas de relacionamentos são comum se manifestarem em obesos, principalmente quando eles iniciam alguma dieta.
O processo de emagrecimento lida com diversos fatores, como a mudança corporal junto com o equilíbrio psicológico
O alimento tem um forte componente emocional, comprovo isso citando um exemplo que fica claro que se um comportamento for reforçado quando criança , ele persiste até a idade adulta, mesmo não sendo tão benéfico e positivo para o indivíduo.
Uma mãe que diz ao filho pequeno, que se ele comer toda a papinha, ele será uma criança boazinha, essa criança passa então a associar amor e afeto com a comida e pensa que somente se ele comer tudo , a mãe sempre vai gostar dele e admirá-lo .
A abordagem comportamental, busca eliminar comportamentos indesejáveis e prejudiciais ao indivíduo, substituindo por outros comportamentos positivos tirando o grau de importância e significado desses pensamentos de modo que os pensamentos negativos possam ser abandonados e como resultado se alcance um equilíbrio e um estado estável e sadio do indivíduo frente ao seu processo de emagrecimento.
O tratamento com um psicólogo ajuda a identificar os fatores da obesidade, contribuindo para a orientação do paciente .
É necessário também a intervenção de um nutricionista para auxiliar o paciente na sua alimentação,colaborando para a eficácia do tratamento.
O Psicólogo faz com que o indivíduo entre em contato com suas tristezas,angústias e com emoções negativas que não aceitamos e queremos fugir.
Não é se alimentando(comendo em excesso) que fugiremos dos problemas.
O comer em excesso gera mais ansiedade, trazendo a culpa , queda de autoestima e dificuldade em lidar com a autoimagem refletida no espelho, gerando apenas uma satisfação momentânea, que gera dificuldade no que realmente se quer alcançar( que é estar mais magro).
Como vemos existe vários fatores que provocam a obesidade.
Para emagrecer e manter o peso ideal é preciso analisar os fatores e aprender lidar com os conflitos da mente de forma adequada.
Dra. Thaiane de Fátima Barbosa
Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP 06/105161