Como ajudar seu filho a lidar com os medos da infância

O medo é essencial para nossa sobrevivência, podendo ser patológico quando ele aparece em excesso no nosso dia a dia nos impedindo de realizar tarefas básicas em nossa rotina diária de vida.

Todas as pessoas tem medo de alguma coisa e à medida que vamos amadurecendo, desenvolvemos habilidades cognitivas e psicológicas para minimizar os danos causados por esses medos.

Os medos aparecem e desaparecem, e às vezes sem dar-nos conta deles e mudam de acordo com o crescimento da criança.

Muitos dos medos que a criança sente são induzidos pelo ambiente externo como os filmes, os contos, as histórias de amiguinhos, e outros estão fundamentados em experiências negativas em casa ou fora dela, sendo um dos medos mais comuns nas crianças, a separação dos pais e o medo do abandono.

Mas há também os medos em cada idade que a criança apresenta , sendo eles:

0 a 12 meses – Medo de lugares e pessoas estranhas

2 a 3 anos – Medo de ser esquecido na escola

2 a 4 anos– Medo do escuro , medo de barulhos e medo de dormir sozinho

4 a 6 anos– Medo do sobrenatural (monstros, espíritos, vampiros e bruxas)

5 a 8 anos– Medo do mundo

8 a 11 anos– Medo da morte

12 a 18 anos – Medo de não ser aceito

As crianças necessitam de maior atenção e respeito para serem compreendidas em seus medos e superarem eles.Mas para isso  é importante considerar algumas dicas:

  1. Respeitar o medo da criança:. Evite fazer piadas ou minimizar o assunto, não envergonhando a criança por senti-lo.
  2. Perceba que a criança irá superar a maioria de seus medos: conforme cresce, a criança ganha experiência ao se relacionar com pessoas, objetos e atividades, que vão tornando-se cada vez menos estranhas à ela, e portanto, menos assustadoras.3. Conheça os medos que as crianças experimentam naturalmente em diferentes idades: saber que um medo é comum em uma determinada idade possibilita que se lide de forma mais efetiva com a criança.
  3. Permita que a criança se ajuste gradualmente a uma situação causadora de medo: por exemplo, não jogue uma criança que tem medo de água, dentro de uma piscina funda, mesmo que haja alguém lá para segurá-la. Em vez disso, vá adaptando gradualmente a criança a situação e quando ela se sentir bem com isso, sente-se na beira da piscina ou em um degrau e agite a água, mostrando como a brincadeira pode ser divertida.

O papel do adulto nesse processo é o de mediar e apoiar a criança, e não de julgar. Algumas vezes, o processo pode ser lento, dependendo do grau de medo. Nesses casos, a ajuda de um psicólogo é necessária e muito eficaz.

A medida que a criança amadurece, vai conhecendo com mais profundidade a realidade, e assim superará seus medos.

É no tratamento com um psicólogo que a criança irá expor seus medos , aprendendo com o processo de terapia a lidar de uma forma saudável com eles e ter uma melhor qualidade de vida.

 

Dra. Thaiane de Fátima Barbosa
Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP 06/105161