A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade a epidemia do século XXI e estima que esta doença atinja cerca de 50% da população mundial em 2025.
A obesidade está crescendo em todo o mundo, ela acontece em todas as faixas etárias, mas é mais dramático entre as crianças.
Erros nos hábitos alimentares , a falta de atividade física e fatores genéticos são as principais razões do ganho de peso em crianças.
É importante ressaltar que as crianças costumam imitar os pais em tudo que eles fazem, assim sendo, se o pai tem hábitos alimentares errados, acaba induzindo seus filhos.
A vida sedentária facilitada pelos avanços tecnológicos (computador, televisão
e videogame.), fazem com que as crianças não se esforcem fisicamente, isto é um fator preocupante para o desenvolvimento da obesidade.
O mundo moderno faz com que as crianças tenham cada dia mais ocupações em seu dia a dia, esse fator gera ansiedade e isso faz com que as crianças comam mais.
Crianças com sintomas de depressão sofrem alterações no apetite podendo emagrecer ou engordar.
A obesidade pode também ter relação com variações hormonais.
Algumas dicas são essenciais para que se tenha uma vida saudável, sendo elas:
- Seguir uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e verduras.
- Evitar alimentos gordurosos, como doces, frituras e refrigerantes.
- Praticar atividades físicas.
- Beber bastante água, pois ela ajuda no bom desempenho das funções do organismo.
O excesso de peso na criança gera algumas complicações de saúde, sendo elas: diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, complicações respiratórias, ortopédicas, gastrointestinais e metabólicas.
Como consequência da obesidade infantil aparece complicações psicológicas onde vemos que as crianças com excesso de peso são alvo de rejeição social, apresentando dificuldade em fazer amigos e se isolam socialmente, sentem-se inferiores (o que contribui para uma fraca percepção de si próprias), tem uma autoimagem negativa de si e baixa autoestima.
Podem surgir também nesse processo relacionado à obesidade perturbações do comportamento alimentar, como a perturbação de ingestão alimentar compulsiva, bulimia (comer abundantemente e na sequência vomitar) ou anorexia nervosa (que é a atitude de não se alimentar), e nos casos mais graves podem ainda ocorrer tentativas de autoagressão .
É importante que os pais procurem a orientação de um médico, um profissional nutricionista e um psicólogo para que juntos possam fazer um trabalho eficaz.
Cabe ao psicólogo ajudar a criança a lidar com o estigma social, elevar a sua autoestima e trabalhar as questões relacionadas com a imagem corporal.
É importante o trabalho terapêutico não só com a criança, mas também com os pais, pois são eles que conhecem a criança e passam mais tempo com ela, a sua participação ativa no tratamento é fundamental para que possam ser alcançados resultados satisfatórios e positivos.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (terapia que utiliza uma abordagem moderna, conseguindo obter um resultado eficaz e positivo num curto prazo de tempo, visando uma melhor qualidade de vida do paciente) realiza uma intervenção com ambos, a criança e os pais; e o psicólogo recorre à terapia com o objetivo de promover o desenvolvimento de estratégias visando à mudança dos comportamentos alimentares e de atividade física da criança.
Nos casos em que a criança é muito pequena, a intervenção é efetuada apenas com os pais, visto serem eles que controlam os comportamentos da criança.
A Psicologia pode dar uma importante contribuição para o tratamento e a diminuição das taxas da obesidade infantil, sendo ela um problema que deve ser encarado com cuidado.
Dra. Thaiane de Fátima Barbosa
Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP 06/105161